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Matéria da edição Nº199 - Setembro de 2007
Texto: Wilson Azuma
Foto: Oficina Brasil
 
Setor de reman começa a engrenar no Brasil
 
Tendência mundial, mercado oferece produtos com preços atraentes e a mesma qualidade dos originais

O brasileiro tem fama de apaixonado por carros e talvez isso explique parcialmente a alta rejeição por itens recondicionados, desses vendidos em oficinas de procedência duvidosa. Sabendo que teriam que oferecer produtos de alta qualidade e com as mesmas garantias de um original, as empresas de auto-peças começaram a investir há alguns anos no segmento de remanufaturados. Embora em estágio quase embrionário, é um mercado em franca expansão e bastante promissor no Brasil.

As peças recondicionadas muitas vezes são feitas em estabelecimentos sem infra-estrutura e, não é raro, que agem de má fé. As chamadas reman, ao contrário, são reindustrializadas, passando pelos mesmos processos e exigências técnicas dos itens novos. Saem das linhas de montagem com o selo de qualidade da Anrap - Associação Nacional dos Remanufaturadores de Autopeças - entidade que engloba alguns dos principais fornecedores da indústria automobilística (Bosch, Cummins, Knoor-Bremse, Luk, Sachs, TRW). "As oficinas de fundo de quintal fazem recondicionamento de peças sem especificações, o que é perigoso. Quem lida com remanufaturados são empresas sérias e estruturadas", destaca o conselheiro do Sindipeças, Theophil Jaggi.

Muito mais do que usar um produto de origem, o proprietário que optar por uma reman tem algumas importantes vantagens. Os preços chegam a sair de 35% a 40% mais em conta que um novo, embora tenha a mesma qualidade, pois passa por idêntico processo de controle, tendo, portanto, durabilidade igual ou superior. As empresas oferecem também garantia e assistência técnica. Quem também sai ganhando são os donos de oficinas, para quem a venda desse tipo de peça representa eliminação de estoque, redução de custos e de pessoal. "Os clientes têm apresentado boa resposta", confirma o proprietário da ATR Auto Center, localizada na zona sul de São Paulo, Walter Harada. Numa época em que o debate sobre a preservação de recursos naturais ganha proporções globais, a reciclagem é uma alternativa que tem ganhado bastante apoio social. Ao mesmo tempo, a disseminação das reman vai reduzir drasticamente a produção pirata, já que existe o recolhimento das carcaças e não é permitido que terceiros façam o serviço. 

Praticamente todos os itens do automóvel podem passar pela remanufatura. A lista inclui desde o sistema elétrico, passando por bomba, amortecedor, freio, motor, mangueira hidráulica até vidro, rolamento da roda, platô e disco de embreagem.

Players

Em países como os Estados Unidos, as reman são usadas desde a década de 60. Hoje, quase 90% do que as empresas do setor produzem são remanufaturados. São mais de 700 companhias envolvidas no ciclo, que empregam quase 500 mil pessoas. O lucro proveniente de tudo isso é de aproximadamente US$ 50 bilhões. Para não ir muito longe, no México, onde o segmento se desenvolve rapidamente, esse tipo de componente já representa cerca de 5% das vendas do mercado. No Brasil, ainda não há sequer uma estatística séria. 

Os poucos que se embrenham no mercado nacional, porém, estão bem ativos, e projetam expansão. Multinacional especializada em suspensão e powertrain (trem de força), a Sachs tem planos de investimentos, principalmente na área de embreagem, e espera aumento de 50% nas vendas até 2010. "É um mercado em crescimento", destaca o gerente comercial de reman, Gabriel Digmanese. Para ele, o trabalho de divulgação iniciado pelas entidades de classe tem surtido efeito junto aos distribuidores e oficinas, porém, ainda é necessário maior esclarecimento aos consumidores. "O grande desafio é convencer os usuários de que reman é diferente de recondicionado", acrescenta. Até as montadoras estão se mexendo, como a Volvo e a Mercedez-Benz. Essa última, aliás, criou espaços exclusivos em 35 concessionárias em 17 estados voltados aos produtos reciclados. As fabricantes de veículos leves por enquanto ainda estão tímidas, mas já devem ter cartas embaixo da manga para se manifestar a qualquer momento. 

Paralelamente, são dados passos importantes que visam impulsionar o segmento. O primeiro foi distinguir o termo reman, que resultou na norma NBR15296, publicada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), em dezembro de 2005. Uma preocupação dos empresários tem sido também dinamizar o potencial do parque industrial ao redor das montadoras. Para isso, as entidades da classe têm estabelecido contatos políticos para viabilizar a importação de carcaças, que hoje não é permitida. A concorrência com os norte-americanos é outro assunto que está na mira dos produtores. Com apoio jurídico do Sindipeças, uma frente busca entendimentos com a CNI (Confederação Nacional da Indústria) no sentido de entrar com representação na Organização Mundial de Comércio (OMC) para verificar se há subsídio para o setor por parte do governo Bush. "Começamos a ter brechas e estamos aparecendo", destaca ao presidente da Anrap (Associação Nacional de Remanufaturadoras de Autopeças), Salvador Pugliese, para quem o maior trabalho daqui adiante é "conscientizar mais os distribuidores nacionalmente e, na América Latina, tratar o tema no âmbito do livre comércio".

O Brasil ainda não possui uma rede completa de peças reman, mas a tendência é que isso ocorra logo. Com a expansão do parque automotivo e a diversificação cada vez maior da frota nacional, não se assuste se dentro de poucos anos entrar em uma loja e não encontrar um item original. Pode ser que os produtos politicamente corretos das auto-peças já tenham dominado as prateleiras. 

Remanufaturadas 

Os componentes com desgaste são substituídos por novos. Passam por processo de reciclagem até atingir a mesma qualidade dos originais. As fabricantes oferecem garantia, assistência e preços atrativos. Grandes multinacionais investem no segmento, como a Bosch, Sachs, TRW e Cummins. 

Recondicionadas

A manutenção é feita apenas na área defeituosa. O serviço é superficial, poucos profissionais que trabalham com isso são qualificados e há uso freqüente de peças usadas de procedência duvidosa. Raramente há garantia e muitas vezes o trabalho consiste apenas em limpar e pintar. 

O que dizem os mecânicos?

Walter Harada – proprietário da ATR Auto Center

"Assisti a uma palestra da TRW sobre reman via distribuidora, que deu garantia, confiança e o aval. Os clientes têm dado boa resposta" 

Daniel Kawashima – gerente da Superg Autocenter

"Pela norma da casa não trabalhamos com remanufaturados, pois ainda existe preconceito por parte dos clientes. Só uso se não existe reposição, mesmo assim, explico para o dono do carro. Se ele autorizar, faço a troca".

César Garcia Samos – gerente comercial da Mecânica do Gato

"Quando a peça é remanufaturada pela fábrica, bem feita, com garantia e nota fiscal, uso. Mas isso acontece mais quando o cliente pede redução de custo, pois trabalhamos mais com originais"

Por que escolher uma peça reman?

01. Preços competitivos

02. Mesma qualidade da peça original

03. Tempo de reparo reduzido

04. Otimização da mão-de-obra

05. Eliminação de estoque

06. Redução de custos da oficina

07. Substituição de peças importadas

08. Acompanhamento tecnológico

09. Menor agressão ao meio ambiente

10. Ampla assistência técnica

 

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